sábado, 28 de novembro de 2009

Pela janela do meu quarto !


Olho por muito tempo pela janela do meu quarto. Já passa da meia-noite. Uma lua clara e fria brilha bem à minha frente, e o ar frio me refresca a pele de uma febre que não sabia possuir. Os pensamentos hoje não saíram da minha cabeça, ficaram todos trancados. Uma rotina chata e estressante me abateu. A noite veio e foi em meio a conversas virtuais, com amigos cada dia menos distantes, a cada dia mais queridos. A madrugada me pegou desperta e, por falta do que fazer, a caminho da cama. O voar da cortina que me levou à janela. A lua. O ar. À minha direita, um predio enorme com suas luzes eternamente acesas me chama a atenção. Quem dorme? Quem chora de saudades? Quantos arrumam as malas pensando na volta para casa? À minha esquerda, o resto da rua quase todo às escuras. Haverão outros como eu ali? Outros que, sob luzes indiretas, se recusam a chamar o sono? Abaixo da lua, as árvores começam novamente a ganhar suas folhas e eu sei que não demora agora a hora de o vento carregar suas diminutas flores até minha casa.
Dessa janela já vi muitas estações. Vi verões se transformarem em outono e invernos em primaveras. Nessa janela, chorei muitas mágoas e fiz pedidos mudos a divindades esquecidas. Nela, esfriei minha fronte febril e estiquei os braços para a tempestade. Nas madrugadas insones, fico olhando as casas e prédios que me cercam e tento contar as histórias que as paredes aprisionam. Invento dramas e comédias, rio ou choro sozinho da minha imaginação. Os carros passam. Velozes, barulhentos, velhos ou possantes, e eu imagino para onde vão. Só escuto sons. Não os vejo. Da minha janela, só janelas escuras e árvores me contemplam. Esses carros que passam, muitos deles carregam pessoas em busca de prazer, amor e aventura. Outros carregam tragédia, tristeza e dor. Tento contar a história deles também. Quando um escapamento estoura alegre, eu vejo amigos rindo e contando façanhas alcoolizadas. Uma freada mais brusca me diz que alguém está precisando de ajuda. Aprendi a ver, na noite, mais vida do que no dia. Da minha janela, a noite pulsa e exala um perfume que nunca será engarrafado. Hoje não uso um processador, nem martelo minhas teclas com ânsia. Hoje eu escrevo à velha moda. Caneta e papel. Surpreendo-me ao sair da janela e ir em busca desses apetrechos usados hoje em dia só para anotações descartáveis. Recosto-me à cama, cachorros aos pés, travesseiros às costas, janela escancarada. A casa range à minha volta se acomodando para seu sono. No quarto ao lado, minha mãe ressona na ignorância dos adormecidos. Caneta e bloco à mão, eu escrevo as primeiras palavras sem saber se conseguirei lê-las depois. A letra deformada pela semana de trabalho escolar feroz me inibe. Ajeito-me e começo. Agora, são três páginas do bloco e me sinto cada vez mais confortável. É tão pessoal, íntimo, ver minha mão correr com a caneta pelo papel que esqueço tudo o mais. A lua lá fora me abençoa e sorri ao me ver concentrado numa tarefa tão prosaica. Isso é bom e reconfortante. Saber que posso conter meus pensamentos para acompanhar a mão destreinada. Um princípio de desânimo me abate quando penso que amanhã ou depois vou ter que passar tudo para aquela máquina temperamental. Deixe estar. Afinal é tão bom escrever aqui, olhando da janela do meu quarto.

domingo, 22 de novembro de 2009

Amizade ♥


Há um sentimento que me faz feliz. Chama-se amizade e, ao que se diz, é tão eterna como a verdade.Há, no rosto da amizade, uma presença, um olhar permanente, há, sem que se mostre, um sentido de ajuda e uma voz que ecoa na nossa mente.Há ainda a memória, que, na sua ausência, nos aquece do frio e da distância que não ajuda, que não melhora…Há tanta coisa que não se vê, há tanta emoção bem escondida que a voz cala e o coração grita. Há um silêncio sóbrio. Há, na mão, o poder do gesto que mostra a razão. Há até um amor que se prende, sem noção, que nos dá alento e que até se confunde. Há tanto na amizade que meras palavras não mostram quase nada. Que importa? A amizade não mente, nem tão pouco se anuncia, ela até pode ser pobre, porque é de toda gente, porque anda despida de valores materiais, porque é, apenas, de quem a sente…Há um sentimento, em que sinto o seu nome, que se diz amizade e que me deixa tão feliz…


Creditos : Jennifer Rodrigues'

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Sorin Eterno !



Juan Pablo Sorín é, sem sombra de dúvidas, o maior ídolo do passado recente do Cruzeiro. Alex pode ter jogado mais em 2003, Ricardinho pode ter conquistado mais títulos nos dez anos de clube, mas tamanha identificação com a camisa azul estrelada e com a torcida cruzeirense, como Sorín, nenhum outro conseguiu.
Qual cruzeirense não carrega até hoje na memória a imagem do argentino, com a cabeça enfaixada, marcando o gol do título da Copa Sul Minas, contra o Atlético-PR, num Mineirão lotado? Essa lembrança emblemática somada a tantos outros momentos colocaram Sorín num panteão que dificilmente outro jogador alcançará nos próximos anos.
Mas, de onde vem tamanha identificação do jogador com o clube? Apenas de declarações de amor eterno e de promessas de nunca jogar no rival Atlético? Claro que não. Sorín ganhou a idolatria que ganhou, muito merecida por sinal, graças a seu esforço, seu comprometimento, sua raça e sua dedicação total dentro do campo. A fama do argentino de nunca desistir de uma jogada se justificou nos 126 jogos com a camisa do Cruzeiro. E os 18 gols marcados também já estão gravados para sempre dentro das páginas heróicas e imortais do clube.
- Hoje, dia de sua despedida do futebol - terá um misto de sentimentos entre seus torcedores ... ' Alegrias, Tristezas ) Tristeza, pois sera a ultima vez em que ele vestira
a camisa azul celeste de numero 6', com a qual conquisto todo esse respeito e admiração dessa enorme nação. E Alegria sim . Pois ele nos deu a honra de acompanhar esse ultimo tento de sua carreira. Quando ao entrar em campo - Teremos a sensação de ser nós mesmo, pois é isso que ele nos passa. Juampi é um toorcedor dentro de campo.


Fica aque todo nosso agradecimento e um ate logo poís " ADEUS " não condiz com alguem eterno comoo ele é .